Share via


Arquitetura Prática

Existe um tipo de programador que denominamos na Microsoft como “Programador Prático”. Como o nome diz, ele não está interessado em grandes complexidades ou na tecnologia pela tecnologia. Ele valoriza a simplicidade e a praticidade. Ele ama poder desenvolver rapidamente algo de útil para a sua empresa.

Creio que de certa forma nós arquitetos deveríamos tê-los mais em mente. Nossos conjuntos de classes, bibliotecas e frameworks deveriam ser simples o suficiente para suportá-los. Talvez adicionando linguagens visuais (DSL’s), às vezes promovendo componentes simples para drag-and-drop.

Me pergunto também se não deveriam existir também mais “Arquitetos Práticos”. Utilizando mais a infra-estrutura e produtos de prateleira (ou COTS – Commercial of-the-shelf) e visando resultados rápidos com bom retorno de investimentos.

Entendo a tentação de projetarmos nós mesmo a nossa infra-estrutura – estudamos para isto temos muito prazer e realização nisto. Mas compreendo também que o mercado não comporta o investimento de um framework por projeto ou por empresa. Como na arquitetura civil, existem os casos das construções padronizadas e aquelas em que a arte da arquitetura pode ser plenamente exercitada.

Não sei quanto à experiência de vocês, mas tenho encontrado mais arquitetos com ânsias de artista do que profissionais objetivos e alinhados com a praticidade.

Eis um desafio para a nossa classe: ganhar a maturidade para saber quando ser um ou outro. Ou melhor: como ser os dois!