Consumerização de TI, a vingança do usuário – Parte I

 

Definindo Consumerização de TI: É a influência exercida pelos usuários, enquanto consumidores, nas decisões de TI da empresa.

Mas e daí, o que temos por trás de toda essa mudança? Quais são os principais atores e quando elas começaram a influenciar na Governança de TI? Nessa série de posts irei tentar explicar um pouco desse movimento, a razão de vê-lo cada vez mais presente nas agendas dos profissionais de Tecnologia da Informação e os tomadores de decisão e como nos preparar para as mudanças inevitáveis.

Esse movimento está associado basicamente com a aproximação/popularização de tecnologias mais acessíveis e fáceis de usar. É difícil falar de consumerização de TI sem falar de MSN/Messenger, IPhone, Facebook, Twitter, todas essas tecnologias, só para citar algumas, vem se tornando parte da vida das pessoas, que por um acaso são nossos clientes nas empresas que trabalhamos.

Essa enxurrada de aplicativos e dispositivos estão tão presentes na sociedade que acabou por mudar o comportamento dessa massa. Hoje, por exemplo, é cada vez mais difícil ver alguém sem uma conta no Facebook ou no Messenger, não ter um smartphone com aplicações que vão desde saber onde você está, o que está pensando, até calcular o número de calorias de um prato. E o Twitter? Através desse serviço as pessoas expressam sentimentos, opniões e recomendam produtos e empresas (leia-se reclamam, a propósito).

As pessoas não querem mais se desconectar, aliás, elas não conseguem mais ficar offline, é comportamental! E toda essa evolução da sociedade (partindo do pré-suposto que concordamos que isso seja uma evolução, combinado?) acabou chegando nas empresas e caindo direto colo da área de TI.

Não há mais limites entre horário de trabalho e horário de descanço. As pessoas hoje acessam o Facebook no meio do dia, e essas mesmas pessoas lêem seus e-mails assim que acordam ou aos finais de semana. Elas acessam o e-mail corporativo em dispositivos próprios e vêem um vídeo do YouTube no computador da empresa. É simples assim, ou seja, é complicado assim!

Uma Nova Realidade...

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Figura 1 – Antes e Depois

Aqui nessa figura (Figura 1) temos uma lista bem simples de ações que expõe essa mudança de comportamento.

Como podemos observar, as fronteiras estão cada vez tênues, o trabalalho que era realizado somente no escritório é feito em casa também e em horário cada vez mais flexível. Aquele computador “homologado”não é mais tão atraente quanto o tablet que você acabou de comprar em suas últimas férias em Orlando. As opções são ilimitadas!

E como nós de TI, também conhecidos como departamento do “não”, iremos controlar tudo isso? Como iremos nos adaptar a esse movimento da sociedade? É hora de repensar uma série de crenças e políticas que vínhamos praticando há anos.

Para ajudar no nosso entedimento podemos organizar os agentes desse mudança em 3 grupos:

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Figura 2 – Pilares da mudança

O primeiro grupo, e sem dúvida nenhuma, o mais tangível, são os dispositivos. Esses, cada dia mais baratos e fáceis de operar se popularizaram numa velocidade nunca antes vista nos últimos anos (ou meses), com disse, há hoje uma enxurrada de dispositivos, liderados pelos smartphone, a disposição para todos os gostos e bolsos – dispositivos esses cada vez mais inteligentes e com mais aplicativos. O que a princípio era só um aparelho onde se podia ler e-mails, hoje acessa suas redes sociais, costumiza o seu avatar do XBOX, realiza check-ins por onde passa, compras e mais uma infinidade de aplicações que surgem a cada dia, além de fazer ligações.

O segundo grupo são as redes sociais. É difícil pensar em relacionamento humano atualmente se ao menos considerar esses canais. As redes sociais mudaram o modo com que as pessoas se comportam,, interagem e colaboram. Hoje grupo de pessoas distribuídas geograficamente conseguem trocar informações como se estivessem na mesa ao lado, empresas anunciam promoções através do Twitter, pessoas são contratadas com ajuda do LinkedIn, é definitivamente uma mudança de comportamento.

O terceiro e último grupo são as chamadas “mídias ricas”. Hoje não seria demais dizer que YouTube e Skype por exemplo pode facilmente funcionar como instrumentos de treimaneto por exemplo (estou citando apenas uma de suas aplicações, ok?). A popularização dos vídeos por demanda do YouTube e da revolução nas telecomunicações imposta pelo Skype são modelos consagrados, é difícil pensar em viajar em não contar com o Skype para conversar com nossas famílias e amigos, assim como é difícil não ter a palavra vídeo associada ao YouTube.

Na Parte II irei abordar os principais drivers da Consumerização, os dilemas do profissional de TI como e iniciar um planejamento para virar o jogo.

Um abraço,

Rodrigo Dias

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