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Todo time tem um estagiário

Durante uma apresentação sobre Microserviços, o meu amigo Fabricio Sanchez apresentava o ambiente de desenvolvimento do ARDA (https://github.com/dxbrazil/arda). Eu não estava nesse evento, mas soube que a demonstração falhou no momento da integração entre os microserviços. Naquele naquele dia, “por coincidência”, nosso estagiário fez um checkin de código. Não é uma afirmação, mas suspeito que esse commit tenha comprometido o ambiente de desenvolvimento.

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Talvez eu tenha exagerado um pouco na história. O fato é que todo time tem um “estagiário” – seja ele um estagiário de verdade ou não.

Existem cuidados importantes a serem tomados para evitar problemas decorrentes de descuidos dos desenvolvedores. Qualquer um pode errar (embora a culpa seja sempre do estagiário).

Nunca faça commit de código quebrado

A regra é nunca fazer checkin de código que não possa ser compilado, ou seja, o código no repositório sempre gera um build válido.

Recentemente tivemos um problema assim. Houve um commit que impedia o build do sistema porque um dos arquivos tinha erros de sintaxe. Provavelmente o “estagiário” fez o commit sem fazer o build do projeto antes. Em seguida, duas pessoas do time continuaram o trabalho a partir desse commit que não fazia o build. Ambos corrigiram a sintaxe e trabalharam em suas features individuais. Entretanto, na hora do push para o repositório central, houve um conflito de versão, pois ambos mexeram no mesmo arquivo.

Logo no começo do projeto, implementamos os processos de Continuous Integration (CI) e Continuous Delivery (CD). A ideia era fazer o deploy rápido para o ambiente de produção, mas encontramos outros benefícios.

Continuous Integration (CI)

Configuramos o VSTS (www.visualstudio.com) para realizar o build sempre que houvesse um commit no repositório. O build demorava entre 2 a 8 minutos – isso variava muito com o número de projetos a serem compilados, as dependências e versão do .NET Core.

A melhor forma de se proteger contra estagiários criativos ou descuidados é ter um sistema de Continuous Integration (CI). Se o build fosse realizado com sucesso, então um relatório com sinal verde era apresentado. Caso contrário, o relatório teria sinais vermelhos (ou amarelo) e enviava um email de alerta.

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Esse processo ajudava a evitar o problema do “projeto que só compila na máquina do fulano X”.

Continuous Delivery (CD)

Implementamos também o Continuous Delivery (CD), que é uma continuação do Continuous Integration (CI). Depois de finalizado o processo do Build, o deployment é feito em etapas para os diferentes ambientes.

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Uma feature que adicionamos foi de rodar testes funcionais para detectar bugs de regressão. Colocamos um script Powershell para rodar no ambiente de staging.

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Esse script era uma validação simples de bugs que afetava o ambiente. O script do Kanban corrigia uma falha introduzida após o upgrade de versão do .NET Core, que mudava a configuração padrão de serialização do JSON.

Services return JSON in Pascal Case instead of Camel Case
https://github.com/DXBrazil/Arda/issues/82

A fim de evitar que esse bug fosse reintroduzido no código, adicionamos essa validação funcional:

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O tempo investido no nosso processo de CI/CD sempre teve retorno rápido.

 

Conclusão

O investimento nos processos de CI/CD tiveram retorno imediato, pois conseguimos manter a confiança de que o código no VSTS/GitHub sempre produz um build válido.

Planejando o time: para cada hora de desenvolvimento de código, dedique uma hora para DevOps.

Parece um desperdício de tempo, mas vale a pena!

Não se esqueça que todo time tem um “estagiário”.