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Itens fantasma

Isto artigo descreve, em pormenor, como o tipo de linha Fantasma pode ser utilizado para as linhas de uma lista técnica (BOM) e de uma fórmula.

Na figura 1, (a) é a lista técnica para o produto H e as peças F e G, e (b) é a folha de itinerário para os produtos H e a peça F.

Figura 1: Lista técnica de engenharia.Figura 1: Lista técnica de engenharia

A figura 1 apresenta um exemplo de uma estrutura de lista técnica em dois níveis. O produto acabado H representa um produto para uma assemblagem de máquina. A assemblagem de máquina é composta por duas peças, uma unidade elétrica (F) que tem dois materiais (A e B) e um grupo de materiais de embalagem (G) que também tem dois materiais (C e D). É utilizado outro material (E) durante a assemblagem geral da máquina.

A figura 1 representa a lista técnica de engenharia para o produto H. Esta estrutura fornece uma boa visão geral das peças e componentes do conjunto global da máquina. No entanto, embora os estruturadores de produtos prefiram ver a L.M. representada desta forma, esta estrutura pode não representar corretamente a forma como a máquina é construída no local de produção.

Por exemplo, a lista técnica de engenharia da figura 1 indica que a unidade eléctrica F é montada como uma peça separada numa ordem de trabalho separada. No entanto, no local de produção, pode ser considerado eficaz para assemblar a unidade elétrica como parte da assemblagem global da máquina, e não como uma ordem de intervenção separada.

Esta L.M. de Engenharia também indica que a peça G é uma peça separada. No entanto, nesta estrutura, a peça G não representa uma peça física, mas sim uma coleção de materiais de embalagem.

Assim, apesar de uma L.M. de Engenharia fornecer um excelente valor para a conceção de um produto e a manutenção dessa conceção, poderá não ser a forma mais lógica de suportar o processo de execução de fabrico do produto. Em contraste, uma L.M. de Fabrico representa a melhor forma de criar um produto.

A Figura 2 mostra como a lista técnica de engenharia anterior é transferida para uma lista técnica de produção. Na figura 2, (a) é a lista técnica do produto H e (b) é a folha de itinerário do produto H.

Figura 2: Lista técnica de fabrico.Figura 2: Lista técnica de fabrico

Nesta estrutura, pode ver que não existe nenhuma noção das peças F e G, e os materiais em que estas peças são compostas foram elevados para o nível de L.M. seguinte.

Ao contrário da L.M. de Engenharia, que tinha duas folhas de operações, a L.M. de Fabrico tem apenas uma folha de operações. A operação de embalagem que estava ligada à peça G também foi elevada e faz agora parte da folha de operações para o produto H. A assemblagem da unidade elétrica é a primeira operação. Esta ordem faz todo o sentido, porque esta unidade é utilizada na operação seguinte, que é a assemblagem da máquina. A última operação é a de embalagem, que consome dois materiais de embalagem (C e D).

A transição entre a L.M. de Engenharia e a L.M. de Fabrico está ativada através do tipo linha da L.M. Fantasma. Como o termo "fantasma" indica, as peças F e G desapareceram durante a transição entre os dois tipos de L.M. Neste exemplo, o tipo de linha Fantasma é aplicado nas linhas da L.M. para as peças F e G na L.M. de Engenharia. Quando uma ordem de produção ou de lote é criada, a L.M. de Engenharia é copiada para a ordem de produção ou de lote. Em seguida, quando a ordem é estimada, ocorre a transição da lista técnica de engenharia para a lista técnica de produção, como mostra a figura 2. A partir da folha de operações na figura 2, os materiais de embalagem C e D são a entrada para a operação.

Estruturas da L.M. fantasma multinível

O tipo de linha Phantom pode ser utilizado em estruturas de listas técnicas multinível, como mostra a figura 3. Na figura 3, (a) é a lista técnica para o produto G, e (b) é a folha de itinerário para as peças E e F e o produto G.

Figura 3: Peça G da lista técnica de engenharia.Figura 3: Peça G da lista técnica de engenharia

A Figura 4 mostra a lista técnica de produção e a folha de itinerário resultantes se as linhas de lista técnica para as peças E e F forem configuradas de modo a que o tipo de linha seja Fantasma. Na figura 4, (a) é a lista técnica do produto G e (b) é a folha de itinerário do produto G.

Figura 4: Lista técnica de fabrico da peça G.Figura 4: Lista técnica de fabrico da peça G

Fantasma e redes de rota

As L.M. Fantasma também podem ser utilizadas para uma L.M. que tenha uma rede de rotas. Numa rede de rotas, uma ou mais operações são executadas em paralelo. A figura 5 apresenta um exemplo de uma rede de itinerários utilizada numa lista técnica multinível. Na figura 5, (a) é a lista técnica para o produto G e a peça F, e (b) é a folha de itinerários para o produto G e a peça F, que tem uma rede de itinerários.

Figura 5: Peça G da lista técnica de engenharia, rede de rotas.Figura 5: Peça G da lista técnica de engenharia, rede de rotas

Na figura 6, (a) é a lista técnica para o produto G e a peça F, e (b) é a folha de itinerário para o produto G e a peça F.

Figura 6: Lista técnica de fabrico, peça G, rede de rotas.Figura 6: Peça G da lista técnica de fabrico, rede de itinerários