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Publicado por Anthony Salcito
Vice-Presidente de Educação no Mundo, Microsoft
Post do blog Microsoft on the Issues
Um dos grandes privilégios do meu emprego é que, todos os anos, por esta altura, acolhemos o Fórum Global da Aliança pela Educação –as Olimpíadas da educação inovadora. Todos os participantes (quase 500 educadores provenientes de mais de 80 países) são excepcionais; contudo, quando no Sábado à noite vi uma professora do Paquistão – Munazza Riaz – subir ao palco para receber o equivalente à medalha de ouro na educação senti arrepios de emoção. Lia-se-lhe no rosto a alegria ao levantar a bandeira do seu país.
Pensem por alguns momentos nos enormes desafios e obstáculos que Munazza teve de superara para alcançar o que alcançou. Contudo, ela é apenas uma professora, uma ilha de excelência num oceano de escolas que não oferecem estas oportunidades, devido a falta de formação e de acesso digital.
Hoje em dia fala-se muito sobre a nuvem. Embora a nuvem ofereça enormes possibilidades, a verdade é que, sem acesso, a promessa é vazia. Em países como o Haiti e por quase toda a África Subsaariana, 90% das escolas rurais não tem energia eléctrica. Sem energia, é impossível o acesso digital. E assim, o fosso de oportunidades para os jovens torna-se cada vez mais fundo.
Quase um bilhão de jovens enfrentam este fosso de oportunidade – a distância entre aqueles que têm o acesso, as competências e as oportunidades para terem sucesso, e aqueles que não as têm. Steve Ballmer anunciou, há pouco tempo, a YouthSpark, uma iniciativa que abrange toda a empresa da Microsoft e que tem por objectivo criar oportunidades para 300 milhões de jovens em todo o mundo e contribuir para transformar o sistema de educação e alargar a inclusão digital a fim de capacitar os jovens a serem agentes de transformação do seu próprio mundo.
Acreditamos piamente no poder da tecnologia para ajudar a fechar este fosso e uma das formas de o fazermos é através de parcerias. É esse o motivo pelo qual fizemos uma dotação de $75 milhões para unir seis das organizações humanitárias mais fortes do mundo – a Visão Mundial, o British Council, a SOS Children’s Villages, a Plan International, o International Rescue Committee e a organização católica Catholic Relief Services – para que, com os seus esforços reunidos, possam sanar as desigualdades e fecharem o fosso.
Esta verba de $75 milhões vem somar-se a uma dotação de $250 milhões com renovação quinquenal para o programa Aliança pela Educação (“Partners in Learning”), o carro-chefe da empresa, que anunciámos na semana passada, um reflexo do nosso compromisso para com a transformação holística dos sistemas de educação no mundo, dando acesso digital aos jovens e reforçando as capacidades dos educadores.
Um exemplo deste trabalho – Spark a Child’s Digital Future www.worldvision.org/bethespark – foi lançado no Quénia e será alargado a toda a África subsaariana al longo dos próximos cinco anos. Por $100, doadores individuais podem contribuir para que os jovens em África atravessem o fosso par o lado da oportunidade através de uma abordagem holística que inclui não só equipamento e conectividade, mas também uma amplo programa de formação e desenvolvimento dos professores e de líderes nas escolas.
Gostaria de partilhar uma história que ilustra como este modelo pode dar frutos num dos ambientes mais hostis do globo. Recentemente, a nossa equipa visitou a escola de Kisapuk, numa aldeia do Quénia. A escola fica a 35 km da mais próxima estrada asfaltada. Não há energia eléctrica num raio de 30 km2. Contudo, graças à nossa parceria com a Visão Mundial, a escola tem um laboratório informático inovador alimentado a energia solar e com acesso 3G à Internet. O mais espantoso é que de há dois anos para cá a escola tornou-se autosuficiente, extraindo um rendimento superior a $200 por mês (líquidos), graças aos serviços pagos que oferece em termos de chamadas telefónicas com telemóvel, impressão de materiais, e serviços de aprendizagem em linha e fora de linha.
Em parte, isto é possível graças a um modelo misto que inclui o servidor multiponto da Windows (abreviado WMS 2012) (Windows MultiPoint Server) – que permite virtualizar um computador em 10 ou mais estações de trabalho – o que reduz dramaticamente os custos em equipamento, para além de reduzir também os custos com o consumo de energia e manutenção em 80 por cento. Na última versão do produto, lançada na semana passada, escolas como a de Kisapuk têm agora uma forma de acelerar a aprendizagem em várias salas de aula simultaneamente através da ligação do computador principal a vários outros, criando com estes uma relação 1:1. O sistema WMS 2012 permite ao professor estar ligado a diferentes estações de serviço com uma única interface física sem fios e assim gerir e orquestrar todo um ambiente de aprendizagem que ultrapassa as fronteiras da sua sala de aulas. É inspirador saber que se pode criar o mesmo ambiente em salas de aula num raio de 8 quilómetros do campus da Microsoft a um preço comportável e suficientemente prático para as escolas mais pobres do planeta como a de Kisapuk.
Quando penso em todos os professores inovadores espalhados pelo mundo que conseguem alcançar resultados espantosos na sala de aulas, sinto-me cheio de esperança. Creio que com líderes inspiradores como a professora Munazza, e com a colaboração dos nossos parceiros, conseguiremos fechar os fosso de oportunidades e preparar a próxima geração de líderes com as ferramentas de que precisam para criar um futuro mais brilhante.